textos motivacionais

Sunday, May 07, 2006

O COELHO E O CACHORRO

O COELHO E O CACHORRO
Outra história bem interesssante que circulou pela Internet faz alguns anos atrás, sem menção de autor (quem souber quem é o autor, por favor entre em contato para lhe dar o crédito merecido)De vez em quando surgem umas histórias que todos que contam juram ser verdade e até dizem que têm um primo que conheceu a vizinha da sobrinha da pessoa com a qual aconteceu. A mais célebre é aquela do sapatinho vermelho da sogra que desliza debaixo do banco do carro. Lembrou ? Agora pintou uma nova. Simplesmente genial.Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. O doido comprou um Pastor Alemão. Papo de vizinho : - Mas ele vai comer o meu coelho ! - De jeito nenhum . Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho. Problema nenhum.E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes.Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho. Isso na sexta-feira. No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o Pastor Alemão na cozinha. Pasmo. Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, é claro, morto.Quase mataram o cachorro, também. - O vizinho estava certo ... e agora, Meu Deus ? - E agora ? A primeira providência foi espancar o cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia o mínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso. Mais algumas horas e os vizinhos iriam chegar. E agora ? Todos se olhavam. O cachorro rosnando lá fora, lambendo as pancadas. - Já pensaram como vão ficar as crianças ?Cala a boca, merda ! Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível. Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com secador da mãe e coloca na casinha dele, no quintal. Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim fizeram. Até perfume colocaram no falecido. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convêm à um coelho cardíaco.Umas três horas mais tarde, eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e o grito das crianças. Descobriram ! Não se passaram cinco minutos e o vizinho dono do coelho veio bater à porta. Branco, lívido, assustado. Parecia q tinha visto fantasma. - O que foi ? Que cara é essa ?- O coelho ... O coelho ... - O que tem o coelho ? - Morreu !!!! Todos : - Morreu ? Inda hoje de tarde parecia tão bem ... - É, tão bonitinho ... - Morreu na sexta-feira ! - Na sexta ?- Foi. Antes da gente viajar, as crianças enterraram ele no fundo do quintal.
A história termina aqui. O que aconteceu depois não interessa, ninguém sabe. Mas o personagem que mais me cativa nessa história toda, o protagonista da história, é o cachorro. Imagine, o pobre do cachorro que, desde sexta feira, procurava em vão pelo amigo de infância, o coelho. Depois de muito farejar descobre o corpo. Morto. Enterrado.O que faz ele ? Provavelmente com o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar aos seus donos. Talvez estivesse até chorando, quando começou levar porrada de tudo quanto é lado.O cachorro é o herói. O bandido é o dono do cachorro. O ser humano. Sim, nós mesmo, que nunca pensamos duas vezes. Para nós o cachorro é o irracional, o assassino confesso. E o homem continua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfuminho disfarçam a hipocrisia, o animal desconfiado q existe dentro de nós. Julgamos o outro pela aparência, mesmo que tenhamos que deixar essa aparência como melhor nos convier. Maquiada.Coitado do cachorro. Coitado do dono do cachorro. Coitados de nós, animais racionais ...

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